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O labirinto atravessa o tempo como um desafio à imaginação e ao pensamento universal. A sua imagem arquitectónica leva-nos à mitologia Grega. Ao labirinto de Creta, construído por Dédalo, para encerrar o Minotauro – criatura metade touro, metade homem – numa arquitectura repleta de encruzilhadas e dificuldades. Vem daí a noção do labirinto como uma construção tortuosa, que se destina a desorientar as pessoas. "Um labirinto é uma casa edificada para confundir os homens; a sua arquitectura, pródiga em simetrias, está subordinada a esse fim” (Borges, 1998).
Mas se o labirinto é lugar do perder-se, é também lugar próprio de exploração e de investigação. A sua imagem é mais mental do que arquitectónica. Daí, pensarmos o labirinto como metáfora do conhecimento. Explorar as bifurcações e os caminhos tortuosos dessa metáfora torna-se na inspiração para uma investigação e criação, simultaneamente.
O relato mitológico trata da confluência de inúmeros personagens com interesses variados. O mito não tem um início nem final preciso. Ele vem de antes de Teseu entrar no labirinto e continua após Teseu sair dele. Os inícios são também finais, que são também inícios.
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